Entretanto, o ex-chefe de software do Pentágono, Nicolas Chaillan, acredita que Washington já perdeu a batalha na área de inteligência artificial (IA) para a China, afirmação que foi agora desmentida pelo Exército dos EUA.
Em uma recente entrevista ao jornal Financial Times, Chaillan disse que "não temos nenhuma chance de lutar contra a China nos próximos 15 a 20 anos. Neste momento, já é um negócio fechado; em minha opinião, já acabou".
As suas palavras passaram a impressão de que a China já tem uma vantagem em inteligência artificial impossível de superar. Entretanto, a ideia de que a guerra de IA já está perdida não é compartilhada pelo diretor de informação do Exército dos EUA Raj Iyer.
Em sua entrevista ao portal Breaking Defense, Raj Iyer rejeitou as observações de Chaillan afirmando que as avaliações do ex-oficial do Pentágono sobre IA "são totalmente falsas".
Inteligência artificial (imagem ilustrativa)
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Ele explicou ainda que as parcerias globais dos EUA fornecem "informações de inteligência comercial" que a China não dispõe no setor.
"Posso dizer que os chineses não têm isso. Eles estão operando no vácuo, e dependem de métodos nefastos e ciberataques para poder chegar, você sabe, ao que eles pensam que sabem que nós temos".
Iyer admitiu que os chineses são especialistas na aplicação de tecnologias de IA, em grande parte porque eles pretendem usá-la em sua própria população. Porém, ele afirma que a tecnologia de que os EUA dispõem é mais avançada do que a dos chineses.
Enquanto o Exército acredita que os EUA têm uma vantagem na IA, o centro de pesquisa estratégico americano Rand Corporation divulgou um relatório indicando que as capacidades combinadas de inteligência artificial da China e Rússia se aproximarão das dos EUA até o final deste ano.