Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta terça-feira, 19 de outubro

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da minoria na Câmara dos Deputados, quer que o Ministério Público Federal (MPF) investigue os custos da viagem do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e de sua família a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Segundo o deputado do PSB, Eduardo estava "brincando de ser sheik enquanto 19 milhões de brasileiros passam fome". Enquanto isso, na área nobre de Fortaleza um grupo de pessoas procura alimentos dentro de caminhão de lixo, para coletar comida jogada fora por um comércio. De acordo com um funcionário do supermercado, citado pelo portal G1, o episódio se repete todas as semanas. Atualmente, 19 milhões de pessoas correm risco de passar fome, enquanto que há dois anos 10 milhões de pessoas corriam este risco no Brasil.

Sofrendo pressão com relação às políticas sociais, o governo Bolsonaro analisa uma nova proposta, incluindo o Auxílio Brasil (novo Bolsa Família) e duas parcelas complementares, uma dentro e outra fora do teto de gastos, que é a regra que limita o avanço das despesas à variação da inflação. De acordo com o Estadão, a nova proposta prevê o pagamento de R$ 400 até o fim de 2022, ano em que Bolsonaro tentará sua reeleição. O governo pretende beneficiar 17 milhões de pessoas. Por sua vez, o Ministério da Economia tenta resistir a qualquer pagamento que seja feito fora do teto de gastos, contudo, a ala política do governo tem atuado para enfraquecer a posição do chefe da pasta, Paulo Guedes.

Na segunda-feira (18), o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção em todo o país devido ao aumento dos índices de criminalidade ligados ao narcotráfico, ordenando a mobilização de policiais e militares nas ruas. De acordo com o presidente equatoriano, durante o estado de emergência policiais e militares patrulharão as ruas 24 horas por dia. Além disso, um comitê será formado reunindo diversos ministérios da área social e de direitos humanos para prevenir e frear a dependência química e reinserir os usuários de drogas. A medida é válida por 60 dias.

A Marinha dos EUA enviou navios de guerra através do estreito de Taiwan pela 10ª vez neste ano. O destróier de mísseis guiados USS Deewey, acompanhado da fragata canadense HMCS Winnipeg, navegou através do estreito que separa o território chinês da ilha de Taiwan. Os EUA seguem elevando a movimentação de suas tropas na região, alegando estarem "muito preocupados com o que a China está fazendo no âmbito hipersônico", segundo o representante permanente de Washington para questões de desarmamento, Robert Wood. Sob o pretexto da "preocupação", os EUA recentemente realizaram exercícios militares em Taiwan, supostamente para demonstrar o compromisso norte-americano e de seus aliados e parceiros com um Indo-Pacífico livre e aberto. Contudo, Pequim definiu a ação dos EUA e Canadá como uma provocação para criar problemas, "colocando em risco a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan".

O ex-presidente norte-americano, Donald Trump, processou o comitê do Congresso dos EUA que investiga o ataque ao Capitólio ocorrido em janeiro, segundo a Reuters. Trump alega que a comissão fez um pedido ilegal por seus registros de mensagens na Casa Branca. Além disso, ele reivindica que os materiais buscados pelo Comitê são protegidos por uma doutrina jurídica conhecida como "privilégio executivo", que protege a confidencialidade de algumas das comunicações entre autoridades da Casa Branca. O Congresso foi invadido no dia 6 de janeiro em uma tentativa de impedir que os parlamentares certificassem a vitória eleitoral do presidente Joe Biden.

A representante oficial da OTAN, Oana Lungescu, afirmou que a organização lamenta a decisão da Rússia de suspender o trabalho das missões da aliança e da Rússia. Oana Lungescu afirmou que as políticas da OTAN em relação à Rússia permanecem consistentes, e que a aliança segue fortalecendo sua capacidade de dissuasão e defesa em resposta às "ações agressivas" da Rússia. Na segunda-feira (18), o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, declarou que a Rússia suspenderá o funcionamento do escritório de informação da OTAN em Moscou. Além disso, Lavrov detalhou que Moscou não pretende fazer de conta que as relações com a OTAN poderão mudar em uma perspectiva de curto prazo.