O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que a OTAN "enterrou" a ideia de consultas com a Rússia.
"Já disse como tudo começou e como os próprios membros da OTAN 'enterraram' a regra fundamental, a base da criação do Conselho Rússia-OTAN, que é a necessidade de fazer consultas imediatamente em situações de crise, e isso geralmente continua", disse Lavrov aos jornalistas.
O chanceler russo sublinhou que a suspensão das atividades da missão da OTAN em Moscou foi um passo recíproco forçado após "três passos da OTAN".
O ministro adicionou que não há lógica nas ações da Aliança Atlântica. Não há troca de informações por muito tempo entre a Rússia e a OTAN. Embora Moscou estivesse pronta para negociações com a aliança, esta ignorava o lado russo, revelou Lavrov, sublinhando a perda de contatos entre os militares.
"O mais importante é que foram cortados, conforme foi informado oficialmente, todos os contatos com os militares", disse o chanceler russo.
Lavrov afirmou que Moscou acredita que é a OTAN que deve dar os primeiros passos para melhorar as relações com a Rússia.
No mesmo dia, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, comentando a ruptura das relações entre a Aliança Atlântica e a Rússia, disse que não havia nada para romper.
"Não havia nada para romper. Não havia relações", segundo Peskov.
Nesta segunda-feira (18), Sergei Lavrov declarou que a Rússia suspenderá as atividades da missão russa junto da sede da aliança, bem como do escritório de informação da OTAN em Moscou a partir de 1º de novembro ou um pouco mais tarde.
A medida é uma resposta à redução da missão russa junto da aliança de 20 para 10 pessoas, oito diplomatas tiveram suas acreditações revogadas, outras duas vagas foram eliminadas.