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Auxílio Brasil no valor de R$ 400 é confirmado por Bolsonaro; Mourão defende transparência em gastos

Presidente diz que novo valor não vai "fazer estripulia com orçamento" ou furar o teto de gastos. Vice-presidente acredita que "questão social" é responsabilidade do governo, e não "cabe ao mercado" tentar resolver.
Sputnik
Nesta quarta-feira (20), o presidente, Jair Bolsonaro, confirmou que pretende pagar R$ 400 como benefício do Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família.
Entretanto, o presidente declarou que "ninguém vai furar teto" ou fazer "estripulia com o orçamento", segundo o UOL.
"Temos a responsabilidade que estes recursos venham do próprio orçamento da União. Ninguém vai furar teto, ninguém vai fazer nenhuma estripulia com orçamento, mas seria extremamente injusto deixar aproximadamente 17 milhões de pessoas com valor tão pouco do Bolsa Família", declarou.
Ontem (19), o governo chegou a confirmar um evento para apresentar detalhes do programa Auxílio Brasil, mas cancelou diante da repercussão do mercado com as informações adiantadas pela imprensa.
Também hoje (20), o vice-presidente, Hamilton Mourão, defendeu "transparência" em relação aos gastos e disse que não cabe ao mercado "questão social" do programa, de acordo com o G1.
"Acho que se houver, vamos dizer assim, uma transparência total na forma como o gasto vai ser executado e de onde vai vir o recurso, acho que o mercado não vai ficar agitado por causa disso. [...] A questão social é uma responsabilidade do governo, e não do mercado, apesar de algumas doutrinas dizerem que o mercado resolve tudo, mas não é bem assim que ocorre", afirmou.
O programa tem gerado polêmica no mercado financeiro uma vez que visa atender mais 2,4 milhões de famílias, fazendo com que seja 111% maior do que é o Bolsa Família hoje.
Com isso, o Auxílio Brasil terá um custo anual de R$ 80 a 84 bilhões, e a pergunta que se coloca é de onde sairá recursos para bancá-lo, visto que o Brasil enfrenta grave crise econômica com altos índices de inflação.
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