O homem estava sendo procurado pelos EUA sob acusações de narcoterrorismo, um crime muito utilizado por Washington para processar muitos políticos venezuelanos.
Os EUA acreditam que Hugo Carvajal, que serviu como chefe de espionagem do governo do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, pode fornecer informações valiosas sobre as supostas atividades relacionadas ao comércio de drogas do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, bem como de seu círculo próximo.
Por fim, o Tribunal Supremo da Espanha deu luz verde para a extradição de Hugo Carvajal para os EUA.
"Os magistrados concordam que a pessoa reclamada fique à disposição da Unidade de Cooperação Policial Internacional, que deverá realizar a entrega", disse a Audiência Nacional em uma declaração.
Anteriormente, Carvajal teve seu pedido de asilo negado na Espanha. De igual modo, ele também lutou contra sua extradição, fazendo primeiramente que o Tribunal Nacional da Espanha ouvisse seu recurso, anulando uma decisão anterior de um magistrado do tribunal superior e acabasse por rejeitar o mandado de extradição.
Contudo, seu caso foi reaberto e Carvajal tentou se proteger do que ele descreveu como perseguição "política".
O ex-chefe de espionagem venezuelano afirma ter caído em uma armadilha criada pelo ex-presidente colombiano, Álvaro Uribe, o acusando de "fabricar" provas contra ele. Porém, parece que Carvajal também não é bem-vindo na Venezuela, uma vez que apoiou a tentativa de golpe de Estado pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó.