Ontem (21), o presidente, Jair Bolsonaro, confirmou o valor de R$ 400 para o programa do governo que substituirá o Bolsa Família, o Auxílio Brasil, conforme noticiado.
Desde o anúncio no começo da semana sobre a pretensão do governo para um novo valor, o mercado financeiro e a opinião pública têm demonstrado preocupações, pois não se sabe, até agora, de onde sairá o dinheiro para tal auxílio.
O presidente garantiu que o custo anual de R$ 80 a R$ 84 bilhões do programa não vai furar o teto do orçamento, entretanto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a necessidade de uma "licença para gastar" R$ 30 bilhões fora da regra, segundo o UOL.
Durante evento do setor de construção civil ontem (20), o ministro, defensor ferrenho do teto de gastos, reconheceu publicamente que precisará driblar a regra para entregar o que Bolsonaro determinou.
"Seria uma antecipação da revisão do teto de gastos que está [prevista] para 2026 ou se, ao contrário, mantém [o teto], mas por outro lado pede um 'waiver', pede uma licença para gastar essa camada temporária de proteção", declarou.
Ainda durante o discurso, Guedes argumentou que a medida não seria eleitoreira. "Queremos ser um governo reformista e popular. E não um governo populista."
Após a fala do ministro, o dólar começou a operar em forte alta nesta quinta-feira (21), de acordo com o G1. Às 09h25, a moeda norte-americana saltava 1,80%, vendida a R$ 5,65, renovando máximas que não eram atingidas desde abril.
Segundo a mídia, no exterior, os ativos brasileiros negociados nos mercados externos despencavam nesta manhã em reação às declarações feitas pelo ministro na noite de quarta-feira (20) e a temores de descontrole fiscal.