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Bolsonaro inaugura projeto hídrico no Nordeste que ainda não pode funcionar por falta de verba

Presidente inaugura projeto, mas seu funcionamento ainda não será possível porque, de acordo com governo de Pernambuco, o próprio mandatário vetou verbas para terminar as obras.
Sputnik
Nesta quinta-feira (21), o presidente, Jair Bolsonaro, participou da cerimônia de inauguração do Ramal do Agreste na cidade de Sertânia, em Pernambuco.
O programa tem a função de levar água às casas de mais de dois milhões de pessoas em 68 cidades da região, entretanto, segundo a Folha de São Paulo, o projeto só foi inaugurado porque o funcionamento em si não será possível no momento.
De acordo com a mídia, para que comece a funcionar, o empreendimento depende da conclusão das obras do complexo Adutora do Agreste, as quais não foram finalizadas ainda porque o próprio presidente da República vetou, em abril, o envio de R$ 161 milhões previstos para isso.
"Em todo o ano de 2021, nenhum único centavo foi repassado ao governo de Pernambuco para o andamento das adutoras. […] Deixando bem claro: em 2021, a União não realizou nenhuma transferência de recursos […]. O ritmo das obras foi reduzido por conta da incerteza na disponibilidade financeira por parte do governo federal e não por conta da ordem de execução dos trabalhos", disse uma nota do governo de Pernambuco citada pela mídia.
No entanto, o Ministério do Desenvolvimento Regional critica a sequência de execução dos trechos da Adutora do Agreste escolhida pelo governo pernambucano.
Segundo a pasta, em nota, a administração estadual começou a obra física "do fim para o início", priorizando outros trechos que não os pertinentes para a adutora.
"Caso o governo do estado tivesse executado prioritariamente este trecho, com a conclusão do Ramal do Agreste, a água do Projeto São Francisco chegaria aos municípios contemplados nesta etapa da Adutora", disse a pasta em nota.
Segundo a mídia, a pasta não comentou o veto de Bolsonaro aos repasses em abril.
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