China volta a negar teste de arma hipersônica e diz que afirmações da mídia são falsas

Comentando relatórios na mídia sobre suposto lançamento de míssil hipersônico, a chancelaria chinesa voltou a afirmar que não foi teste de arma e sim verificação de rotina de uma espaçonave.
Sputnik
Nesta quarta-feira (21), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, destacou que a informação dos meios de comunicação sobre supostos testes de armas hipersônicas por parte de Pequim é falsa.
"O que eu gostaria de sublinhar é que o teste relatado por alguns meios de comunicação foi um teste de rotina de uma nave espacial para verificar a tecnologia de reutilização de espaçonaves", revelou o porta-voz.
Hoje (21), o jornal Financial Times informou, citando suas fontes, sobre outro teste chinês de um dispositivo voador hipersônico capaz de transportar armas nucleares, que supostamente ocorreu em 27 de julho.
O meio de transporte foi desenvolvido por especialistas da Academia Chinesa de Aerodinâmica Aeroespacial (CAAA, na sigla em inglês), que faz parte da estatal Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC, na sigla em inglês), segundo a mídia.

Suposto lançamento anterior

Anteriormente, em uma outra publicação da semana passada, o Financial Times disse que Pequim testou em agosto um novo míssil hipersônico que "circunavegou o globo antes de acelerar para seu alvo" no âmbito de um lançamento não anunciado.
As fontes do jornal revelaram que o lançamento "pegou de surpresa a inteligência norte-americana" que subestimou a modernização militar da China, sublinhando sua "capacidade espacial avançada".
Comentando esta publicação, a chancelaria chinesa explicou na segunda-feira (18) que o país realizou teste de um veículo espacial e não de um míssil hipersônico, e que o lançamento ocorreu em julho de 2021.
Ontem (20), o presidente dos EUA, Joe Biden, disse estar preocupado com os mísseis hipersônicos supostamente testados na China. Por sua vez o representante permanente norte-americano na Conferência sobre Desarmamento, Robert Wood, destacou que o suposto teste "contribui para o desenvolvimento rápido da militarização das forças nucleares estratégicas".
Comentar