'Peças extraordinárias' achadas na Indonésia podem ser da lendária 'ilha do Ouro' (FOTOS)

Tesouros no valor de milhões de dólares encontrados nos últimos cinco anos ao longo do rio Musi podem ser do antigo império malaio Serivijaia, na ilha de Sumatra, que por 300 anos dominou as rotas comerciais entre o Oriente Médio e a China.
Sputnik
O arqueólogo marítimo britânico Sean Kingsley revelou recentemente que Serivijaia pode ter sido localizado. O império Serivijaia foi um poderoso reino asiático com uma riqueza incalculável e que há muitos anos exploradores tentam encontrar vestígios em vão. O império desapareceu inexplicavelmente por volta do século XIV.
Pescadores locais, que fazem mergulhos noturnos no rio Musi, perto da cidade de Palembang, na ilha indonésia de Sumatra, encontraram várias peças valiosas: desde uma estátua budista em tamanho real do século VIII, incrustada com pedras preciosas, até joias, como anéis, brincos e colares de ouro, afirma o jornal The Guardian na sexta-feira (22).

'Peças extraordinárias'

Nas águas rasas, também foram encontradas diferentes estatuetas de bronze e ouro, anéis cerimoniais de ouro, cravejados de rubis e adornados com cetros vajra de quatro pontas e requintados punhos de espada de ouro.
"Nos últimos cinco anos, surgiram peças extraordinárias. Moedas de todos os períodos, ouro e estátuas budistas, pedras preciosas, todos os tipos de coisas que se pode ler em 'Simbá, o Marujo' e pensar que são inventadas. Mas são reais", disse Kingsley.
O especialista descreveu a descoberta como uma prova definitiva de que Serivijaia era um "mundo aquático", e que seus habitantes viviam no rio como atualmente pessoas vivem em barcos. Mas "quando a civilização acabou, suas casas de madeira, palácios e templos afundaram junto com todos os seus bens".

'Ilha do Ouro'

Kingsley explica que, em seu auge, o reino de Serivijaia controlava as artérias marítimas da Rota da Seda, que conectava a China, o sudeste da Ásia, o subcontinente indiano, a Península Arábica, a Somália, o Egito e a Europa.
"Quando o mundo mediterrâneo ocidental entrou na Idade Média, no século VIII, um dos maiores reinos do mundo estava aparecendo no mapa do Sudeste Asiático. Por mais de 300 anos, os governantes de Serivijaia dominaram as rotas comerciais entre o Oriente Médio e a China imperial", comenta o arqueólogo, acrescentando que a "ilha do Ouro" acabou se tornando "a encruzilhada internacional dos melhores produtos da época" e "seus governantes acumularam riquezas lendárias".
Não se sabe a razão para o colapso do reino. Kingsley supõe que eles possam ter sido vítimas dos vulcões da Indonésia, ou as fortes correntes do rio acabaram "engolindo a cidade inteira".
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