A Rússia construiu o gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) para redirecionar a exportação de petróleo e gás das rotas de trânsito que passam por territórios de vários países pós-soviéticos e ex-Estados satélites, escreveu em seu artigo na revista Bloomberg o analista do mercado petrolífero Julian Lee.
Entre tais países Lee nomeia a Ucrânia, Moldávia, Belarus, Polônia, República Tcheca, Romênia, Eslovênia e Bulgária.
"As relações de Moscou com muitos desses países mudaram, e não para melhor, do ponto de vista de Moscou [...] Não admira que a Rússia pretenda acabar com sua dependência de tais laços", destacou Lee.
O analista sugere que o Nord Stream 2 permitirá que a Rússia resolva este problema.
Além disso, o autor do artigo contestou que o gasoduto Nord Stream 2 tenha sido criado como uma "armadilha de gás" para a Europa, algo em que muita gente no Ocidente acredita.
O Nord Stream 2 vai desde a costa russa, através do mar Báltico, até a Alemanha e é composto por duas linhas de gasodutos com uma capacidade total de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. A construção do gasoduto foi concluída em 10 de setembro.
Atualmente está sendo realizado o processo de certificação da Nord Stream 2 AG como operador independente do gasoduto. Moscou destacou por várias vezes que o novo gasoduto é um projeto econômico, e não político, que é vantajoso tanto para a Rússia como para a Europa.