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Executivos dos EUA pedem que Brasil ratifique metas ambientais e políticas para gerar investimentos

Empresários estadunidenses pedem ao governo brasileiro que agilize a meta do país de se tornar neutro em carbono a partir de 2050, e que ratifique, em definitivo, novos protocolos comerciais entre os dois países.
Sputnik
De acordo com a Folha de São Paulo, investidores norte-americanos se encontraram com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na capital Washington em um hotel próximo à Casa Branca.
Os executivos pertenciam a diferentes empresas como Apple, Citigroup, Embraer, Fedex, entre outras, e pediram ao ministro que o Brasil ratifique a meta de se tornar neutro em carbono a partir de 2050, e que o Congresso aprove o Protocolo sobre Regras Comerciais e Transparência, assinado em outubro de 2020, mas que depende do aval do Legislativo para entrar em vigor.
"Isso é uma grande prioridade, por ser simbólico do compromisso do Brasil com suas próprias ambições climáticas e sustentáveis, e vai trazer confiança para o investidor norte-americano", afirmou Cassia Carvalho, diretora executiva do Brazil-US Business Council citada pela mídia.
Em abril deste ano, o presidente, Jair Bolsonaro, antecipou a meta de neutralidade de carbono, que consiste em cessar ou compensar todas as suas emissões de poluentes, de 2060 para 2050. No entanto, o país ainda não formalizou a mudança.
Em resposta aos executivos, representantes do governo brasileiro disseram que o Brasil está trabalhando para avançar nas metas ambientais, e tomando medidas para melhorar o ambiente de negócios para investimentos que consideram critérios ESG, sigla que abarca políticas de boas práticas ambientais, sociais e de governança.
Em relação ao Protocolo sobre Regras Comerciais e Transparência, a medida prevê mudanças em três áreas: facilitação de comércio e administração aduaneira, boas práticas regulatórias e anticorrupção. 
Funcionários da Embraer trabalham em um jato comercial Embraer 190 na fábrica da empresa em São José dos Campos, Brasil (foto de arquivo)
Apesar da crise econômica que recai sobre o Brasil, o comércio exterior entre EUA e o país está em uma alta histórica, segundo a Folha. Entre janeiro e setembro, foram movimentados US$ 49,6 bilhões (R$ 276,32 bilhões), maior volume já registrado no período desde 1997.
No que diz respeito ao comércio, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 22,3 bilhões (R$ 124,23 bilhões) no mesmo período, o que representa 47,1% a mais que na mesma época do ano passado.
Já as importações brasileiras vindas dos EUA alcançaram valor inédito de US$ 27,3 bilhões (R$ 152,09 bilhões), 29,8% em relação a 2020.
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