Tensões entre Taiwan e a China, que proclama que a ilha é seu território soberano, têm escalado nas semanas recentes enquanto Pequim aumenta sua pressão militar e política.
Isso inclui missões repetidas de aviões de combate chineses na zona de identificação de defesa aérea, que abrange um território amplo que Taiwan monitora e patrulha.
"A situação está aumentando de tensão e parece estar se tornando mais perigosa", disse Wu aos jornalistas após um encontro com o segundo mais alto funcionário da República Tcheca, o chefe do Senado Milos Vystrcil, em Praga.
"Há várias coisas que temos estado fazendo e estamos tentando fazer de novo. Primeiro é reforçar nossas capacidades de defesa. Nós pensamos que a fraqueza está convidando agressão e, portanto, queremos ter a capacidade de nos protegermos, estamos determinados a nos defendermos", disse o chanceler.
A segunda coisa é fazer mais amigos entre os países no mundo, acredita Wu, para que Taiwan não esteja sozinha.
Os comentários de Wu surgiram logo depois que o Ministério da Defesa de Taiwan declarou que, embora o país não queira qualquer "corrida armamentista" com Pequim, a ilha não cederá à pressão.
Em seu relatório no Parlamento, o ministério descreveu a situação no estreito de Taiwan, que separa a ilha do gigante asiático, como "grave e instável" e rotulou as ações dos militares chineses como "provocação".
"Taiwan não se envolverá em uma corrida armamentista com os militares comunistas chineses e não procurará confrontação militar, esperando uma coexistência pacífica em todo o estreito", diz o texto.
"Mas, ante a ameaça dos comunistas chineses à nossa segurança nacional, nós faremos o nosso melhor para defender a soberania do nosso país e nunca cederemos sob coação."
Wu visitou a capital tcheca a convite do país europeu para agradecer a assistência que Taiwan deu aos tchecos durante a pandemia da COVID-19 e também porque o país-membro da OTAN e da União Europeia está estabelecendo melhor cooperação com Taipé.