O medicamento fluvoxamina tem sido prescrito para tratar o TOC por quase 30 anos. Os pesquisadores começaram a estudá-la no início da pandemia, com base em sua capacidade de reduzir a inflamação, esperando que controle a intensa resposta do corpo ao vírus.
O resultado do estudo foi divulgado na The Lancet Global Health na quarta-feira (27) por um grupo de pesquisadores do Canadá, Estados Unidos e Brasil.
Durante o estudo, cerca de 1.500 pacientes com COVID-19 no Brasil receberam fluvoxamina ou um placebo. Os pesquisadores descobriram que a droga reduziu as taxas de hospitalização ou de observação médica prolongada em um terço.
Cientistas externos observaram que ainda existem dúvidas sobre a dosagem correta, porque alguns pacientes tiveram dificuldades em tolerar a droga e pararam de tomá-la, segundo The Times.
No entanto, entre os pacientes que terminaram sua terapia o medicamento reduziu a necessidade de hospitalização em uma taxa ainda mais significativa: em dois terços. A droga também reduziu as chances de morte relacionada ao coronavírus.
Durante o estudo, 12 participantes que receberam placebo morreram, enquanto apenas um que tomou fluvoxamina faleceu.
Ainda não está claro como a droga funciona entre os vacinados, dado que a maioria dos pacientes da pesquisa não recebeu imunizante.