De um lado, os progressistas exigem metas de gastos mais ambiciosas, do outro, os moderados expressam preocupações sobre se o grande pacote de reconciliação de US$ 3,5 bilhões (cerca de R$ 19,6 bilhões) combinado com a conta de US$ 1,2 trilhão (aproximadamente R$ 6,7 trilhões) para infraestrutura poderia ser demais.
Nesta quinta-feira (28), o presidente norte-americano falou sobre o que descreveu como o acordo "histórico" do Partido Democrata sobre a estrutura econômica do projeto de lei de gastos elevados "Reconstruir Melhor".
"Hoje, tenho o prazer de anunciar que após meses de duras e ponderadas negociações [...] sei que temos uma estrutura econômica histórica [...] É fiscalmente responsável, e totalmente paga", declarou Biden.
Em uma reunião com os democratas na Câmara dos Deputados, Biden pediu pelo seu apoio, de acordo com uma entidade próxima do assunto.
"Preciso que vocês me ajudem, preciso de seus votos [...] Não acho que seja exagerado dizer que a Câmara e as maiorias [democratas] do Senado, e minha presidência, serão afetadas pelo que acontecer na próxima semana", apontou o presidente democrata.
A estrutura do plano de gastos que Biden apresentou nesta quinta-feira (28) seria totalmente paga com a revogação de certas reduções de impostos aprovadas durante a presidência de Donald Trump, e acrescentaria uma sobretaxa aos ganhos dos cidadãos norte-americanos mais ricos, informou a Casa Branca.
Este acordo importante teve a aprovação de todos os 50 democratas presentes no Senado.
Por seu lado, Biden pretendia chegar a um acordo antes de participar da reunião do G20 em Roma, onde a discussão de um imposto mínimo global estará no topo da agenda, e de uma conferência climática em Glasgow, onde o democrata espera apresentar uma mensagem de que os EUA estão de volta na luta contra o aquecimento global.