A Rússia não causou a atual crise de energia na Europa, mas não fez o que poderia ter feito para aliviá-la, afirmou conselheiro do Departamento de Estado dos EUA para a segurança energética global.
"Vamos ser claros, a Rússia não criou a crise do gás natural na Europa. Aconteceu novamente por uma variedade de fatores e alguns deles estavam fora do controle de qualquer um [...]. Mas não há dúvida de que a Rússia não fez o que poderia ter feito para mitigá-la e desacelerar o aumento de preços e realmente eliminar a crise, uma potencial crise que está acontecendo", afirmou Hochstein nesta sexta-feira (29) durante evento organizado pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês).
Hochstein enfatizou ainda que ficou feliz em saber que o presidente russo, Vladimir Putin, disse à empresa de energia russa Gazprom para começar a encher o armazenamento de gás da Europa em 8 de novembro.
"Na verdade, fiquei muito feliz em ver que o presidente Putin deu instruções de que em 8 de novembro eles [Gazprom] estarão em posição de começar a encher o armazenamento na Europa. Eu só queria que fosse 8 de outubro, não 8 de novembro. E se ele o fizesse em 8 de novembro, talvez ele consiga em 1º de novembro. Agora é a hora de resolver isso."
Hochstein defendeu ainda que a Europa diversifique seu fornecimento de energia, uma vez que o conselheiro do Departamento de Estado dos EUA para a segurança energética global considera que a região está muito dependente do gás russo.
Presidente norte-americano Joe Biden (e) conversa com o conselheiro do Departamento de Estado dos EUA para a segurança energética global em Washington, Amos Hochstein. Foto de arquivo
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"Acho que a Rússia deve continuar a ser um grande fornecedor, faz muito sentido, eles têm recursos e a Europa precisa deles [...]. Mas acho que a diversificação foi a ferramenta número um para garantir que houvesse outras opções. A ferramenta número dois é acelerar a transição para longe da dependência do próprio gás natural", concluiu.