O encontro do G20 começou hoje (30) em Roma, na Itália, contando com a presença de vários chefes de Estado para discutirem questões sobre mudança climática, pandemia da COVID-19 e recuperação econômica.
Quem também está presente no evento é o presidente Jair Bolsonaro, o qual durante um intervalo na antessala do encontro, fez questão de cumprimentar seu homólogo da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Em uma breve conversa, Bolsonaro passou uma série de informações ao presidente turco quando o mesmo lhe perguntou sobre "a situação do Brasil". O presidente brasileiro disse que a economia estava "voltando forte", mesmo com o país afundado em profunda crise econômica.
O mandatário brasileiro também relatou a Erdogan que "a mídia, como sempre, atacando; mas estamos resistindo bem. Não é fácil ser chefe de Estado em qualquer lugar do mundo" e disse que tem "um apoio popular muito grande", embora a pesquisa Datafolha aponte que 54% dos brasileiros desejam que o mesmo sofra impeachment.
Erdogan não concordou nem discordou, apenas mudou de assunto e afirmou que o Brasil "tem grandes recursos petrolíferos", citando a Petrobras. Bolsonaro respondeu que a estatal "era um problema" e que há pouco "era uma empresa de partido político", mas que seu governo "mudou isso".
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, à direita, posa com o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, durante chegadas ao centro de conferências La Nuvola para a cúpula do G20 em Roma, 30 de outubro de 2021
© AP Photo / Domenico Stinellis
Ao longo dos dois minutos de conversa, o chefe do Executivo brasileiro não fez nenhuma pergunta sobre a Turquia a Erdogan e ignorou Olaf Scholz, o social-democrata que deve se tornar primeiro-ministro da Alemanha e estava no mesmo grupo de conversa.
Bolsonaro não lhe dirigiu nenhuma palavra e algum tempo depois virou de costas e passou a conversar com Boris Johnson.