Os EUA exigem que dezenas de diplomatas e trabalhadores técnico-administrativos da embaixada e consulados gerais russos nos EUA abandonem o país, declarou na sexta-feira (29) Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Tendo em conta as exigências de Washington para que mais 55 nossos diplomatas e trabalhadores técnico-administrativos deixem os EUA nos próximos meses (e isso é basicamente uma expulsão), a situação na frente diplomática apenas se agravará", comentou ela.
Zakharova advertiu que toda a ação hostil dos EUA terá uma resposta rápida e proporcional por parte da Rússia, mesmo que não necessariamente simétrica. No entanto, a representante da chancelaria russa reiterou que a política de confronto não levará a lado nenhum, exortando Washington a iniciar um diálogo honesto, construtivo e de respeito mútuo, para resolver todas as divergências nas relações bilaterais.
Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, durante briefing em Moscou, Rússia
© Sputnik / Serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia
Em dezembro de 2016, pouco antes de Barack Obama, então presidente dos EUA, deixar a Casa Branca, seu governo expulsou 35 diplomatas russos e ordenou o fechamento de duas residências diplomáticas em Centreville, Maryland, e Oyster Bay, Nova York, em resposta à alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais desse ano, algo que a Rússia tem repetidamente negado.
Desde então, a Rússia e os EUA têm feito expulsões mútuas de diplomatas, além de outros tipos de sanções.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores russo, hoje na embaixada russa em Washington e nos outros consulados gerais de Nova York e Houston, Texas, trabalham menos de 200 pessoas, enquanto a missão diplomática norte-americana em Moscou tem menos de 130 funcionários.