Alberto Fernández apela OMS a aprovar vacina russa Sputnik V

O presidente da Argentina falou com o diretor-geral da OMS, afirmando ser necessário que a Sputnik V seja aprovada pela entidade, enquanto estudos na Argentina apontam grande eficácia da Sputnik V no combate à COVID-19.
Sputnik
É necessário que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprove a vacina russa Sputnik V contra o SARS-CoV-2, disse no domingo (31) Alberto Fernández, presidente da Argentina, a Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização.
Falando durante a cúpula do G20 em Roma, Itália, Ghebreyesus respondeu que na OMS "estão avançando na troca de informações para que esse imunizante possa ter pré-qualificação", de acordo com comunicado de Buenos Aires.
Ele também elogiou os avanços do país latino-americano na luta contra o coronavírus, especialmente no que toca à taxa da vacinação, com a qual foram aplicadas até domingo (31) 131,68 doses por 100 pessoas, e 56,9% da população foi totalmente imunizada.

Sputnik V na Argentina

A Argentina tem sido um de muitos países pelo mundo afora usando a Sputnik V para inocular a população contra o novo coronavírus, e na segunda-feira (1º) o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) publicou um comunicado revelando os resultados de um estudo na revista The Journal of the American Medical Association.
Funcionário da saúde enche ampola com vacina russa Sputnik Light contra a COVID-19 durante vacinação de militares no Distrito Militar Ocidental
Foram analisados mais de 660.000 habitantes em Buenos Aires de pelo menos 60 anos que se vacinaram com a Sputnik V, AstraZeneca ou Sinopharm. A maior parte das pessoas neste grupo (63,5%) se imunizou com a Sputnik V.
"Os resultados do estudo mostram que as taxas de infecção decresceram em mais de 88% entre os que receberam a vacinação completa contra a COVID-19 (duas doses). A vacinação completa esteve associada a uma redução de 96,6% na mortalidade."
"Por isso, o estudo volta a confirmar a alta eficácia da Sputnik V em proteger os idosos", concluiu o RFPI.
Em junho de 2021 a província de Buenos Aires conduziu um outro estudo, segundo o qual, a vacina Sputnik Light de dose única registrou uma eficácia de entre 78,6% e 83,7% em pessoas de 60 a 79 anos.
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