Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro não está filiado a nenhum partido para estar apto a concorrer às eleições do ano que vem. Entre um flerte e outro com diferentes siglas, o mandatário ainda não se decidiu. Entretanto, o tempo está ficando cada vez mais apertado.
Hoje (2), o presidente declarou que três partidos estão interessados em sua candidatura, e em uma comparação aos flertes que vêm fazendo, disse que "três partidos me querem, são três namoradas", segundo O Dia.
"Tem três partidos que me querem, fico muito feliz. São três namoradas, vamos assim dizer. Duas vão ficar chateadas. O Republicanos, o PL e o PP, e cada dia um está na frente na bolsa de apostas", afirmou.
No entanto, o chefe de Estado brasileiro ainda demonstrou que não está certo do que quer, uma vez afirmando que "agora, iria para o PL; ontem, iria para o PP".
"Eu tenho que ter um partido. Não pode ficar para última hora essa questão aí", completou.
Segundo a mídia, na mesa de negociações para a definição da próxima legenda estão o controle de diretórios regionais e a escolha de candidatos ao Senado, e, possivelmente, mais de 30 parlamentares devem acompanhá-lo na filiação ao novo partido.
Muitos parlamentares da base aliada do governo são filiados ao Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, do pastor Edir Macedo. Na quinta-feira (28) passada, Bolsonaro se reuniu em seu gabinete com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, relata a mídia.
Bolsonaro e o filho, senador Flávio Bolsonaro, que há pouco tempo se filiou ao Patriotas e tentou levar o pai (foto de arquivo)
O tempo pressiona cada vez mais o mandatário a se filiar, entretanto, segundo o especialista em ciência política Leonardo Martins Barbosa, entrevistado pela Sputnik Brasil, o presidente vive um dilema em relação à filiação, e por isso demora a optar por alguma legenda.
"Ele quer ter total autonomia, Bolsonaro quer encontrar um partido no qual tenha total controle. Porém, quer também uma sigla que lhe ofereça recursos para bancar sua campanha, só que os partidos que apresentam recursos financeiros, não estariam dispostos a ceder esse controle, e os partidos que ele teria controle, os partidos nanicos, não têm orçamento", explicou Barbosa.