Como parte do resultado da COP26, mais de 100 líderes globais se comprometeram a deter e reverter o desmatamento no mundo até o final da década, sustentados por US$ 19 bilhões (R$ 107 bilhões) em fundos públicos e privados para investir na proteção e restauração de florestas, segundo a Reuters.
A medida foi apoiada por diversos países como Brasil, Rússia, Canadá, China, República Democrática do Congo, Indonésia e Estados Unidos.
De acordo com a mídia, pelo menos US$ 1,7 bilhão (R$ 9,66 bilhões) do financiamento será dado aos povos indígenas e comunidades locais, que estão envolvidos no combate ao desmatamento, enquanto um fundo de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,5 bilhões) será estabelecido para proteger a segunda maior floresta tropical do mundo na Bacia do Congo, na África.
"Teremos a chance de encerrar a longa história da humanidade como conquistador da natureza e, em vez disso, nos tornarmos guardiões", declarou Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, que está hospedando o evento em Glasgow, Escócia.
A Indonésia é o maior produtor mundial de óleo de palma, enquanto o Brasil possui a maior floresta tropical. As enormes florestas naturais da Rússia capturam 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono anualmente, e, juntas, as referidas nações possuem mais de 85% das florestas do mundo.
Boris Johnson aperta a mão do presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, durante a Conferência de Mudança Climática da ONU (COP26) em Glasgow, Escócia, 2 de novembro de 2021
© REUTERS / Mídia Associada
Além de medidas ligadas ao desmatamento, durante a conferência, os líderes mundiais devem concordar com as seguintes questões:
Definição de uma data final para o uso de carvão não diminuído; eliminação progressiva dos carros a diesel e a gasolina em 14 a 19 anos; redução das emissões de metano e fornecer US$ 100 bilhões (R$ 568 bilhões) em financiamento anual aos países em desenvolvimento para ajudá-los a combater as mudanças climáticas, relatou a mídia.
O Brasil, através do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou ontem (1º) que o país deverá zerar o desmatamento ilegal até 2028. A meta anterior estipulava 2030, segundo o G1.
Sobre o carbono, o governo brasileiro prometeu reduzir em 50% as emissões até 2030, conforme noticiado.
"Apresentamos hoje uma nova meta climática, mais ambiciosa, passando de 43% para 50% até 2030; e de neutralidade de carbono até 2050, que será formalizada durante a COP26", disse Leite em discurso no evento que não contou com a presença do presidente, Jair Bolsonaro.
Sir David Attenborough discursa na cerimônia de abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26) em Glasgow, Escócia, Grã-Bretanha, 1 de novembro de 2021
© REUTERS / Yves Herman
A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26) será realizada até 13 de novembro. O evento conta com a presença de líderes de quase 200 nações e é amplamente visto como uma tentativa de lidar com os efeitos das mudanças climáticas.