O ex-executivo do maior banco de investimento e de valores mobiliários do mundo, o Goldman Sachs, explicou que o ethereum tem tido um "crescimento gigantesco" e que o dinheiro gerado pelo ecossistema desta moeda digital é por volta de 100 vezes maior do que o resto de todo o setor combinado.
Também ressaltou que um choque de demanda está chegando a esta criptomoeda devido a diversas particularidades de utilização da plataforma, líder em contratos inteligentes e aplicações descentralizadas com tecnologia blockchain.
"[O ethereum] tem uma oferta restrita devido a parte da moeda ter sido retirada. Todo o mundo está apostando seus tokens no ETH 2.0, portanto as taxas de câmbio foram removidas. Então, há cerca de US$ 100 bilhões [R$ 568 bilhões] presos em finanças descentralizadas, NFT [tokens não fungíveis] etc. Isso realmente deixa apenas uma circulação livre de cerca de 11% de ethereuns", detalhou. Dessa forma, apenas 11% dos ethereuns disponíveis podem ser adquiridos no mercado, explica.
"Temos essa crise de demanda ante os nossos olhos. A bitcoin não tem nada disso. Sim, há um choque de oferta, sim, há um pouco de choque de demanda, mas simplesmente não tem a intensidade de rede que a ethereum tem", acentuou.
Adicionalmente, Raoul Pal revelou que possui em sua carteira de investimentos uma atribuição maciça desta criptomoeda. "Provavelmente são 85% em ethereum", afirmou durante a entrevista.
O preço da ethereum, a segunda maior criptomoeda por capitalização de mercado, tem crescido quase 3% nas últimas 24 horas e superou os US$ 4.480 (R$ 25.448), alcançando novo máximo histórico. Porém, após o aumento na manhã desta terça-feira (2), o seu preço foi corrigido e está atualmente em torno dos US$ 4.440 (R$ 25.221). O novo recorde ocorreu depois que a moeda digital registrou a emissão de oferta negativa, pela primeira vez em sete dias consecutivos.