Salvini também afirmou que o encontro com Bolsonaro é "uma oportunidade para reafirmar a profunda amizade que une a Itália e o Brasil" e que agradece "o empenho e a seriedade que permitiram ao terrorista comunista Cesare Battisti voltar à Itália em 2019".
Além de agradecer a Bolsonaro, o ex-ministro italiano afirmou que " se eu tivesse que esperar pelos presidentes de esquerda, alguns terroristas italianos estariam até agora livres no Brasil", conforme a ANSA.
Cesare Battisti foi condenado a prisão perpétua por quatro assassinatos ocorridos entre 1977 e 1979, durante ações de um grupo comunista.
Brasileiros aguardam a chegada do presidente Jair Bolsonaro em cerimônia para homenagear os soldados brasileiros mortos durante a Segunda Guerra Mundial, na cidade de Pistoia, 2 de novembro de 2021
© AP Photo / Andrew Medichini
O encontro entre Salvini e Bolsonaro decorre hoje, terça-feira (2), na cidade de Pistoia, onde o presidente brasileiro participa de uma cerimônia em memória dos combatentes brasileiros mortos pela libertação da Itália na Segunda Guerra Mundial.
"Quero pedir desculpas ao povo brasileiro, representado por seu presidente, por algumas surpreendentes controvérsias até na cerimônia dos soldados caídos que deram suas vidas para nos libertar da ocupação nazista-fascista. Isso é realmente surreal", afirmou Salvini, ressaltando que a política deveria poupar os cemitérios.
Ao ser questionado sobre questões políticas, Salvini afirmou que o evento era para recordar e homenagear os mortos da Segunda Guerra Mundial, e que não comentaria qualquer outro assunto além desse.
À espera do presidente Bolsonaro havia um pequeno grupo de apoiadores brasileiros envoltos em bandeiras do Brasil, que aguardavam sua chegada cantando o hino nacional do país. Bolsonaro chegou à Itália para participar da cúpula do G20. Na segunda-feira (1º), o presidente recebeu o título de cidadão honorário do município de Anguillara Veneta, na província de Pádua, que é a região de origem de seus familiares.