Nesta quarta-feira (3), o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse acreditar que "eleições [antecipadas] são, provavelmente, a melhor maneira" de se resolver a crise política de Portugal. Ao mesmo tempo, expressou esperança em manter seu cargo no próximo governo.
Siza Vieira afirma que a ausência de um orçamento de Estado não deve se tornar um drama, e que o país deve focar em seus compromissos, especialmente sob o plano de recuperação da União Europeia (UE), no qual o ministro garante que Portugal se encontra em um bom caminho.
O ministro acredita que não obstante à rejeição do orçamento, o país deverá continuar crescendo economicamente a longo prazo. De igual modo, ele espera que o próximo governo esteja à altura das responsabilidades fiscais.
Porém, Siza Vieira advertiu que existem algumas preocupações sobre a instabilidade nacional, que poderia levar a atrasos na chegada dos fundos de recuperação da pandemia oriundos de Bruxelas.
Em 27 de outubro de 2021, pela segunda vez em 47 anos de democracia, o orçamento foi reprovado no Parlamento de Portugal, mas a primeira em que a rejeição dará origem à dissolução da Assembleia da República.
O Parlamento português rejeitou a proposta de Orçamento para 2022 apresentada pelo governo do primeiro-ministro António Costa, do PS, de centro-esquerda, e agora o país se vê diante de novas eleições no começo do próximo ano.