Pentágono: China poderia ter 'tríade nuclear' e outras capacidades militares atualizadas

De acordo com o Pentágono, a China poderia já possuir uma "tríade nuclear" em ascenção, incluindo lançadores de mísseis balísticos e atualização de suas capacidades tecnológicas marítimas.
Sputnik
"A China, possivelmente, já estabeleceu uma 'tríade nuclear' em ascensão com o desenvolvimento de mísseis balísticos de lançamento aéreo [ALBM, na sigla em inglês] e a melhoria de suas capacidades nucleares na terra e no mar", conforme um relatório do Pentágono apresentado no Congresso dos EUA nesta quarta-feira (3). 
O gigante asiático está expandindo sua força nuclear mais rapidamente do que as entidades oficiais dos EUA previam no ano passado. Ante tal fato, eles entendem que esse ritmo acelerado visa colocar Pequim no mesmo nível – ou acima – de Washington no campo do poder global, algo que poderá acontecer já em meados deste século.
O número de ogivas nucleares da China poderia aumentar até 700 em seis anos, com a possibilidade de chegar às mil em 2030.
O relatório do Pentágono, por enquanto, não sugere um conflito armado com a China, mas se enquadra na narrativa norte-americana sobre a intenção do Exército de Libertação Popular (ELP) da China querer desafiar Washington em todos os domínios bélicos – ar, terra, mar, espaço e espaço cibernético. 
Sabendo isso, os responsáveis de Defesa norte-americanos informaram que estão cientes das intenções de Pequim relativamente ao status quo de Taiwan.
"O desenvolvimento das capacidades e conceitos do ELP continua fortalecendo a capacidade [da China] em 'combater e vencer guerras' contra um adversário forte [como os EUA]", aponta o documento oficial.
O relatório desta quarta-feira (3) é a mais recente chamada de atenção ao Congresso norte-americano que as frequentes promessas do Pentágono de se concentrar mais intensamente na luta contra a ascensão da China devem passar, efetivamente, da oratória para a ação.
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