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Metas ambientais do Brasil firmadas na COP26 são cruciais para acordo UE-Mercosul, diz Josep Borrell

Em visita ao Brasil, chefe da política externa da UE reforça compromisso do bloco europeu com o bloco mercosulino, mas deixa claro que para acordo avançar Brasil tem que cumprir compromissos ambientais firmados durante a COP26.
Sputnik
Nesta quinta-feira (4), o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borell, declarou que a execução das metas firmadas pelo Brasil na COP26 será indispensável para o avanço do acordo comercial assinado entre o bloco europeu e o Mercosul, segundo a Folha de São Paulo.
"Esses elementos serão cruciais para a conclusão exitosa do acordo UE-Mercosul. Estamos trabalhando junto aos nossos parceiros do Mercosul para fornecer os esclarecimentos necessários no nosso compromisso compartilhado nessa área", disse Borrell citado pela mídia.
O alto representante europeu esteve no Brasil na quarta-feira (3) e nesta quinta-feira (4), se encontrou com o chanceler brasileiro, Carlos França, e terá um breve encontro com o presidente, Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto.
O chefe de política externa da UE e vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, reforça acordo com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, no Palácio do Itamaraty em Brasília, Brasil, em 4 de novembro de 2021
"Eu também quero parabenizar e encorajar o Brasil a cumprir os compromissos feitos este ano, incluindo os mais recentes na COP26, para atingir a neutralidade de carbono até 2050, que é exatamente a mesmo propósito que nós temos na União Europeia. Nós estabelecemos o mesmo nível de ambição", declarou.
Negociado por anos, o tratado comercial entre os dois blocos foi anunciado em 2019 como uma das maiores vitórias na frente externa do governo Bolsonaro, entretanto, a forte retórica antiambiental do presidente e o avanço do desmatamento da Amazônia ajudaram a formar uma intensa oposição de alguns países europeus ao texto, principalmente a França.
No entanto, em sua visita, Borrell demonstrou firmeza na intenção de prosseguir com o andamento do pacto, e afirmou que gostaria de usar a oportunidade para "expressar que a União Europeia permanece totalmente comprometida com esse acordo [comercial]. Será um divisor de águas do ponto de vista econômico e geopolítico", declarou.
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