Vale destacar que Propostas de Emenda à Constituição são o tipo de projeto mais difícil de ser aprovado por serem necessários ao menos 308 votos na Câmara em dois turnos, além da tramitação no Senado.
A PEC dos Precatórios levou 312 votos favoráveis e 144 contrários em primeiro turno. Os parlamentares ainda precisam votar os chamados destaques, que são as sugestões pontuais de alteração do texto principal, e o segundo turno. Os trâmites seguintes devem acontecer na Câmara dos Deputados na quinta-feira (5) ou na terça-feira (9).
Se aprovado em segundo turno, o texto vai seguir para o Senado, onde também necessitará de aprovação em dois turnos.
A PEC dos Precatórios é a principal aposta do governo para tornar viável o programa social Auxílio Brasil. A proposta adia o pagamento de precatórios, que são as dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça, no intuito de permitir que pelo menos R$ 400 mensais sejam oferecidos aos beneficiários do novo programa no ano eleitoral de 2022.
A aprovação em primeiro turno da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados está sendo recebida de diferentes formas na web. Há quem esteja chamando a PEC de calote. O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, é um deles.
Com 24 deputados na bancada, PDT deu 15 votos favoráveis à PEC dos Precatórios, o que não surpreendeu em nada a ex-presidente Dilma Rousseff.
Deputado federal pelo PSB-RJ e líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo não perdeu a chance de registrar em foto seu voto contrário ao que chama de "PEC do calote".
Do outro lado do ringue e em maioria na PEC dos Precatórios, quem votou a favor da proposta não perdeu a chance de anunciar a vitória. Deputada federal pelo PSL-DF, Bia Kicis deixou bem claro que votou "sim" para que o governo "possa pagar o auxílio Brasil, socorrer empresas, manter e ainda criar novos empregos".
Carla Zambelli, deputada federal pelo PSL-SP, agradeceu a quem votou "sim".
"A esquerda nunca pensou nos mais pobres."
Entretanto, há quem acredite que quem vai acabar levando o dinheiro da PEC não é o brasileiro pobre.