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Lira garante que PEC dos precatórios vai ser aprovada no 2º turno 'com maior número de votos'

Em entrevista, presidente da Câmara afirma que número de votos favoráveis à proposta vai crescer; defende, mais uma vez, a reforma do imposto de renda e diz que o problema do Brasil não é "financeiro" e sim "orçamentário".
Sputnik
Nesta sexta-feira (5), em entrevista para CNN Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), assegurou que o segundo turno da PEC dos precatórios terá como resultado aprovação certeira e, dessa vez, com ainda mais votos.
"Nós estamos no plano A, não perdemos o primeiro turno e vamos ganhar o segundo […]. Não acredito em mudanças radicais porque não houve falta de conhecimento de texto […]. Nós vamos manter e aumentar [os votos favoráveis], porque votamos esse primeiro turno somente com 456 de 513 deputados [presentes]. Muitos virão na próxima semana, vamos aumentar o quórum e, lógico, a perspectiva de voto a favor", declarou o presidente.
Quando menciona plano A, Lira faz referência ao plano B, anunciado pelo presidente, Jair Bolsonaro, caso a PEC não fosse aprovada. A alternativa seria a extensão do auxílio emergencial pelo menos até o fim do ano que vem.
A medida, assim como o valor mais alto oferecido pelo Auxílio Brasil, são diretrizes adotadas para o ano eleitoral de 2022.
Arthur Lira preside a vontação da PEC dos Precatórios em Brasília (DF), 3 de novmebro de 2021
Na visão de Lira, se a reforma do imposto de renda fosse aprovada, poderia ser criado um auxílio permanente sem furar o teto de gastos do orçamento. Atualmente, a proposta está "estacionada" no Senado.
"Uma alternativa que construímos, o imposto de renda, por exemplo […] 20 mil brasileiros no país não pagavam imposto, recebiam dividendos free, cada um era uma Suíça ambulante […]. São R$ 330 bilhões, olhe quantos auxílios não se pagava com isso?" indagou o parlamentar ressaltando que a proposta ainda não passou no Senado porque "na realidade, esse projeto do IR quebra estigmas, mexe com paradigmas, mexe no status quo e com muitos interesses [do Senado]".
Para o parlamentar, o problema do Brasil não é financeiro e sim orçamentário, uma vez que não faltam recursos.
"Todos sabemos que o problema do Brasil não é financeiro. A arrecadação este ano vai crescer mais de R$ 250 bilhões, mesmo a gente tendo gastado mais de R$ 700 bilhões no ano passado fora do teto, autorizados pela PEC da guerra. Não faltam recursos. Nosso problema é justamente orçamentário. O pagamento dos precatórios, dentro do teto, como prevê a Lei do Teto de Gastos, ele engessa a máquina do estado", declarou.
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