Pesquisa financiada pela NASA define identificação de vida extraterrestre como prioridade máxima

Concepção artística de exoplaneta
As Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA traçaram prioridades científicas e recomendações de financiamento para a próxima década na esfera da astronomia e astrofísica.
Sputnik
Uma das suas principais recomendações é reforçar a capacidade humana de detectar vida alienígena.
O documento, resultado de um estudo financiado pela NASA e denominado "Caminhos para a Pesquisa em Astronomia e Astrofísica para a Década de 2020", identifica três objetivos prioritários em que os cientistas devem se concentrar: a descoberta e o estudo de exoplanetas habitáveis, exploração de buracos negros e estrelas de nêutrons como janelas para o Universo primordial e uma melhor compreensão da origem e evolução das galáxias.
"Este documento estabelece uma visão ambiciosa e inspiradora para a próxima década [no campo] da astronomia e astrofísica", disse em comunicado Fiona Harrison, vice-presidente do Comité das Academias Nacionais para a Pesquisa.
Representação de buraco negro supermassivo fornecida pelo Observatório Europeu do sul em julho de 2018
Representação de buraco negro supermassivo fornecida pelo Observatório Europeu do sul em julho de 2018
Além disso, o relatório recomenda que a primeira nova missão da NASA seja o desenvolvimento de um novo telescópio espacial infravermelho/óptico/ultravioleta (IR/O/UV, na sigla em inglês) com um espelho principal de seis metros de diâmetro, o que é cerca de 2,5 vezes maior que o espelho do Hubble e aproximadamente o mesmo tamanho que o do telescópio Webb, que é optimizado para observar o cosmos em luz infravermelha, aponta portal Space. 
Um telescópio desta qualidade pode analisar planetas 10 bilhões de vezes mais escuros que sua estrela e processar dados espectroscópicos de exoplanetas.
Tal telescópio espacial, que necessita de um investimento estimado de US$ 11 bilhões (R$ 61,3 bilhões), poderia procurar bioassinaturas nas atmosferas de cerca de 25 exoplanetas potencialmente habitáveis e estar pronto para lançamento no início de 2040, indica o documento.
Comentar