EUA manterão presença na Nicarágua após eleição e apoiarão grupos antissandinistas, diz funcionário

Os EUA supostamente pretendem continuar apoiando grupos antissandinistas na Nicarágua após a eleição presidencial de domingo (7) e já determinaram que, se Daniel Ortega vencer, seu mandato não será considerado democrático.
Sputnik
Um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse aos jornalistas na sexta-feira (5) que os EUA manterão sua presença na Nicarágua após a eleição presidencial e pretendem apoiar aqueles que trabalham para restaurar a democracia.
Os Estados Unidos considerarão a Nicarágua uma ditadura se Ortega vencer, afirmando que seu mandato não será considerado democrático, segundo a Reuters.
Os EUA também usarão sua influência em instituições financeiras internacionais contra a Nicarágua e evitarão certas "interações" comerciais consideradas benéficas para o governo nicaraguense, acrescentou o funcionário.
Adesivos promovendo a candidatura do presidente nicaraguense, Daniel Ortega, em 2006, são exibidos em um mercado em Manágua, Nicarágua, em 3 de novembro de 2021
Ele disse que o governo da Nicarágua foi "transparente" ao dizer que usará prisioneiros políticos para pressionar, o que os EUA não aceitarão.
Os comentários foram feitos após a Câmara dos Representantes dos EUA aprovar na quarta-feira (3) a lei RENACER, que imporá sanções contra a Nicarágua e seu acesso a recursos financeiros internacionais.
O projeto, que o presidente Joe Biden ainda não assinou, também pede que ele reconsidere a adesão da Nicarágua ao acordo de comércio livre CAFTA, que permite à Nicarágua exportar produtos a preços baixos para os EUA.
Washington se opõe veementemente à Frente Sandinista de Libertação Nacional, liderada por Ortega desde que chegou ao poder em 1979, derrubando a ditadura da família Somoza, apoiada pelos EUA.
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