O processo de bioprodução usaria três recursos que existem no Planeta Vermelho: dióxido de carbono (CO2), luz solar e água congelada, além de incluir o transporte de dois micróbios para Marte.
A primeira etapa envolveria cianobactérias (algas), que retirariam CO2 da atmosfera marciana e usariam a luz solar para criar açúcares.
Em seguida, bactérias modificadas Escherichia coli, mais conhecidas como E. coli e que também seriam enviadas da Terra, converteriam esses açúcares em um propelente específico de Marte para foguetes e outros dispositivos de propulsão.
O propelente marciano, que se chama butano-2,3-diol, já existe e pode ser criado por E. coli, na Terra é usado para produzir polímeros para produção de borracha.
Missão humana em Marte (imagem referencial)
© Foto / PIxabay / simisi1
Planeja-se que os motores de foguetes que vão partir de Marte sejam alimentados por metano e oxigênio líquido (LOX, na sigla em inglês). Nenhum destes elementos existe no Planeta Vermelho, o que significa que precisariam ser transportados da Terra para fornecer combustível a uma nave espacial para ela retornar à orbita marciana.
Segundo estimam os pesquisadores, o transporte das 30 toneladas necessárias de metano e LOX deve custar cerca de US$ 8 bilhões (R$ 44,3 bilhões). Para reduzir esse custo, a NASA propôs usar catálise química para converter dióxido de carbono marciano em LOX, embora isso ainda exija que o metano seja transportado da Terra.