O ministro do Interior do Iraque classificou a tentativa de assassinato do premiê do país como um "ataque terrorista". De acordo com o ministério, dois dos três drones envolvidos foram derrubados.
Um dos veículos aéreos não tripulados atingiu a casa do primeiro-ministro na Zona Verde fortemente protegida, que abriga embaixadas estrangeiras e escritórios governamentais. Felizmente ele escapou ileso do incidente, mas vários seguranças ficaram feridos. Informa-se que os moradores de Bagdá ouviram uma explosão seguida de tiroteio.
Pouco tempo depois, al-Kadhimi emitiu uma declaração em sua página no Twitter para deixar todo mundo ciente de que ele não foi ferido no ataque. Até ao momento, o ataque não foi reivindicado por nenhum grupo.
"Estou bem e entre o meu povo. Graças a Deus […] e apelo à calma e contenção de todos para o bem do Iraque", escreveu o premiê.
Ruído forte de explosão seguido por tiroteio desde a fortificada Zona Verde de Bagdá, onde as massas dos partidos perdedores nas eleições estão realizando um protesto contra os resultados.
Algum tempo mais tarde, Mustafa al-Kadhimi surgiu na televisão iraquiana, aparentemente calmo, dizendo que "ataques covardes de foguetes e drones não constroem pátrias e não constroem um futuro".
Irã e Arábia Saudita condenaram o ataque. Teerã denominou-o de instigação à rebelião associada a "think tanks estrangeiros" e Riad, por sua vez, rotulou o sucedido de "ato terrorista covarde". Os EUA também lamentaram o ataque de drones contra a residência de al-Kadhimi.
Vale salientar que o atentando ocorreu em meio a protestos que têm tido lugar na capital iraquiana por causa dos resultados das eleições parlamentares de outubro.
Na sexta-feira (5), os protestos se tornaram violentos, quando as pessoas tentaram invadir a Zona Verde, obrigando as forças de segurança a usar gás lacrimogêneo e munição real. Dezenas de membros das forças de segurança ficaram feridos e um manifestante foi morto.