"Os Estados Unidos devem ter em conta que não são membros do Plano de Ação Conjunto Global [JCPOA, na sigla em inglês] e não podem exigir nada de outros membros dentro do âmbito do acordo", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Said Jatibzadé.
"O caminho para os EUA regressarem ao JCPOA está claro: devem assumir sua culpa [...], cancelar as sanções de uma vez por todas e devem garantir que nenhuma nova administração repita os passos de [Donald] Trump e saia do acordo nuclear posteriormente", sublinhou o porta-voz.
O acordo nuclear foi assinado em 2015 entre Irã, EUA, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha. O JCPOA prevê o cancelamento de certas sanções contra Teerã em troca de seu compromisso de não desenvolver nem adquirir armas nucleares.
O pacto limita a 3,67% o grau de pureza de refinamento de urânio por parte do país persa. No entanto, Teerã começou a enriquecer este elemento radioativo a níveis que superam esse limite, após a administração Trump retirar os EUA do acordo em 2018, impondo novas sanções contra o país.
Na sexta-feira (6), a Organização de Energia Atômica do Irã informou que o país produziu 25 quilos de urânio a 60% e 210 quilos de urânio enriquecido a 20%.