Segundo um comunicado do presidente norte-americano, "o que o presidente Daniel Ortega e sua mulher, a vice-presidente do país Rosario Murillo, orquestraram hoje foi uma eleição de pantomima que não foi livre nem justa e certamente não democrática".
"Os Estados Unidos, em estreita coordenação com outros membros da comunidade internacional, usarão todas as ferramentas diplomáticas e econômicas à nossa disposição para apoiar o povo da Nicarágua e responsabilizar o governo Ortega-Murillo", diz a declaração da Casa Branca.
Biden acusou o governo nicaraguense de ter detido cerca de 40 opositores desde maio, incluindo potenciais candidatos presidenciais.
Em 3 de novembro, a Câmara dos Representantes dos EUA autorizou um projeto de lei aprovado pelo Senado que permite que Biden imponha sanções contra a Nicarágua, incluindo contra funcionários da administração Ortega, membros de sua família, altos funcionários do Banco Central nicaraguense, membros do Conselho Eleitoral Supremo e dirigentes do partido.
Resultados provisórios da eleição
No domingo (7), os nicaraguenses elegeram o presidente e o parlamento para os próximos cinco anos. O presidente e a vice-presidente atuais lideram nas eleições, de acordo com a contagem oficial provisória, anunciada pela presidente do Conselho Eleitoral, Brenda Rocha.
Brenda Rocha disse à Sputnik que as eleições decorreram em uma atmosfera de tranquilidade, com um alto comparecimento às urnas. Ela também ressaltou que as ameaças dos EUA sobre mais sanções e alegações de falta de democracia não impediram um processo de votação transparente e justo.
Segundo ela, 15 partidos políticos participaram das eleições, que foram realizadas de acordo com a vontade do povo nicaraguense, e não de potências estrangeiras.
O chanceler da Nicarágua, Denis Moncada, revelou à Sputnik que o país espera reforçar a cooperação com a Rússia após a eleição.