Em um artigo de opinião no jornal The National Interest, o especialista americano sugere que, em vez de realizar uma invasão em grande escala da ilha autogovernada, a China poderia efetuar "uma ação mais limitada" – tomando Kinmen e Matsu, dois pequenos grupos insulares governados por Taipé e que, tal como o resto de Taiwan, são reivindicados por Pequim.
Carpenter observa que China poderia também iniciar uma "ação limitada" contra "outras ilhas mais distantes pertencentes a Taipé", afirmando que operações desse tipo serviriam de uma "maneira ousada, mas relativamente de baixo risco para Pequim testar a extensão e fiabilidade da determinação de Washington em defender Taiwan".
A pequena ilha de Pratas (Dongsha) no mar do Sul da China, administrada por Taipé mas reivindicada por Pequim, é uma possibilidade, de acordo com Carpenter. A ilha desabitada de 2,8 km de comprimento está situada a menos de 250 km da costa da China continental, mas a mais de 430 km de Taiwan.
Objetivo dos EUA é coexistir com a China
Ontem (7) o assessor de Segurança Nacional dos EUA Jake Sullivan disse à CNN que Washington não está mais tentando transformar a China, está sim procurando maneiras de coexistir com ela.
"O objetivo da administração Biden é moldar o ambiente internacional de modo a que seja mais favorável aos interesses e valores dos Estados Unidos e seus aliados e parceiros, a outras democracias. Não é para provocar qualquer transformação fundamental da própria China", observou Sullivan.
Em sua opinião, um dos erros das abordagens anteriores da política em relação à China foi o pensamento de que o sistema chinês passaria por uma transformação fundamental em resultado da política dos EUA.
"O objetivo da política dos EUA em relação à China é criar uma conjuntura em que as duas grandes potências terão de operar em um sistema internacional no futuro próximo", detalhou Sullivan.