Cinco pessoas de nacionalidades africanas foram presas por suspeita de receber treino da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) tendo na mira turistas e empresários israelenses, escreveu no domingo (7) o Canal 12 israelense.
Sem atribuir a informação a qualquer fonte, a mídia disse que o Mossad, serviço de inteligência e espionagem de Israel, desvendou o trama, que teria envolvido recrutas africanos treinados no Líbano e operando em três países sob o disfarce de estudantes religiosos.
Os alvos teriam sido turistas israelenses na Tanzânia, um destino popular para turnês turísticos, e empresários israelenses trabalhando no Gana e no Senegal.
O Canal 12 não detalhou o envolvimento do Mossad na operação, e indicou que todos os cinco suspeitos foram presos por espiões "ocidentais" (Israel se considera um país "ocidental"), que forneceram inteligência.
Segundo a emissora, os suspeitos ainda estão sendo questionados, mas não mencionou quando e onde as detenções tiveram lugar, e afirmou que a conspiração se tratava da última "tentativa iraniana de prejudicar alvos judeus e israelenses", após anteriores relatos de supostos esforços pela inteligência iraniana de atacar empresários de Israel no Chipre em outubro, e tentar alvejar cidadãos israelenses na Colômbia em junho.
Mercer Street, navio-tanque de bandeira liberiana administrado pela israelense Zodiac Maritime que foi atacado na costa de Omã. Foto de arquivo
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Funcionários dos países africanos referidos não comentaram o artigo, o mesmo acontecendo com o Irã, que anteriormente negou relatos de ter atacado alvos no Chipre e na Colômbia, e tem avisado de "fabricações e ataques em bandeira falsa" por parte de Israel.