O nível de apoio mostrado ao candidato na votação de domingo (7) foi apenas um pouco maior do que o das eleições de 2016, quando o presidente triunfou com 72,44% dos votos.
Cinco outros candidatos de todo o espectro político concorreram contra Ortega, que era o candidato da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), um partido socialista democrático que se opôs à intervenção dos EUA nos assuntos da Nicarágua por mais de quatro décadas.
No entanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse ontem (7) que a eleição "não foi democrática, e sim pantomima" e que Washington "usará todas as ferramentas diplomáticas e econômicas à disposição para apoiar o povo da Nicarágua e responsabilizar o governo Ortega-Murillo", fazendo referência a vice-presidente e esposa de Ortega, Rosario Murillo.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, segura um mapa ao lado do vice-presidente, Rosario Murillo, em Manágua, Nicarágua 27 de outubro de 2021
© REUTERS / Presidência de Honduras
O país norte-americano supostamente pretende continuar apoiando grupos antissandinistas no país, conforme noticiado. Na interpretação estadunidense, a vitória de Ortega sinaliza "uma ditadura" por não ser "considerada democrática", segundo um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA.
Washington também usará sua influência em instituições financeiras internacionais contra Manágua e evitará certas "interações" comerciais consideradas benéficas para o governo nicaraguense.