"Devemos aderir ao multilateralismo e manter a ordem marítima em conjunto. O oceano não é um jogo de competição de soma zero e ninguém deve usar o oceano como uma ferramenta para impor poder unilateral", disse Wang, citado pelo South China Morning Post.
"Nós nos opomos que determinados países, para salvaguardar a hegemonia marítima, exibam suas forças e formem grupos no mar e continuem violando os direitos e interesses legítimos e legais de outros países", afirmou.
Por sua vez, a ex-presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, disse que as tensões e problemas no mar do Sul da China representam "grandes ameaças" para a estabilidade e que os países do Sudeste Asiático estão muito preocupados.
"Imaginem o que uma troca de tiros entre navios de guerra do Exército de Libertação Popular e a Sétima Frota dos EUA faria para os mercados de ações, cambiais e de mercadorias em todo o mundo", perguntou Arroyo no fórum.
A ex-presidente das Filipinas disse que anteriormente as disputas no mar do Sul da China eram geridas pela expansão dos laços econômicos e diplomáticos entre as nações envolvidas e com um equilíbrio de poder.
"Agora, a abordagem da balança do poder é cada vez mais tomada pela presença crescente das forças americanas e aliadas no mar do Sul da China, que ficará ainda mais temível com a AUKUS, à qual o ELP pode sentir necessidade de responde", revelou Arroyo.
Anteriormente, especialistas chineses informaram que os EUA intensificaram significativamente suas operações militares no mar do Sul da China neste ano. Segundo seus dados, os Estados Unidos realizaram em 2021 mais de 500 voos de reconhecimento sobre a região até agora.