É um aumento significativo quando comparando com o número médio de 1,5 evento de ondas gravitacionais por semana na sequência anterior. O número total de eventos registrados subiu para 90 desde a primeira detecção de ondas gravitacionais em setembro de 2015.
"Estas descobertas representam um aumento em dez vezes no número de ondas gravitacionais detectadas pelos LIGO e Virgo desde que começaram a observar", afirmou a astrofísica Susan Scott.
"Detectamos 35 eventos. Isso é muito! Em contraste, fizemos três detecções durante nossa primeira sequência de observações que durou quatro meses entre 2015 e 2016", adicionou.
Dos 35 eventos registrados, 32 são mais provavelmente resultados de fusões entre pares de buracos negros, segundo um estudo publicado no portal arXiv.
Isso acontece quando pares de buracos negros em órbita próxima são atraídos pela gravidade mútua e acabam colidindo e formando um único buraco negro mais massivo. A colisão envia ondulações através do espaço-tempo. Os astrônomos analisam as ondulações para descobrir as características dos buracos negros.
Os dados revelaram vários buracos negros, o maior tem uma massa 87 vezes maior do que a do Sol. Este buraco negro se fundiu com outro que tinha uma massa 61 vezes maior que a do Sol, resultando em um único buraco negro 141 vezes maior do que essa massa. O evento foi chamado de GW200220_061928.
Os outros três eventos dos 35 envolveram um buraco negro e algo muito menos massivo, como uma estrela de nêutrons. Estes eventos são de grande interesse para os astrônomos, porque eles podem descobrir o que há dentro de uma estrela de nêutrons.
"Apenas agora começamos a apreciar a diversidade maravilhosa de buracos negros e estrelas de nêutrons", segundo o astrônomo Christopher Berry.