Uma mídia de Guam informou que a Cúpula de Ferro foi implantada na ilha pelo 94º Comando de Defesa Aérea e de Mísseis do Exército e 38ª Brigada de Artilharia de Defesa Aérea, para reforçar a defesa aérea existente, como o sistema antimísseis THAAD, instalado em 2013 após um teste de míssil da Coreia do Norte.
A instalação do sistema de defesa antiaérea, chamada Operação Ilha de Ferro, deve ocorrer até meados de dezembro deste ano. O 94º Comando de Defesa Aérea e de Mísseis do Exército chamou a implantação do sistema israelense de "temporária" e "experimental".
Os EUA implantaram em Guam o sistema israelense Cúpula de Ferro para entender como ele pode funcionar contra as ameaças de mísseis chineses, revelou o The Wall Street Journal, citando fontes.
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23 de outubro 2021, 12:07
Embora a Cúpula de Ferro não seja capaz de interceptar mísseis balísticos em movimento rápido ou os novos projéteis manobráveis e hipersônicos de longo alcance lançados pela China, o jornal afirmou que o sistema israelense serve de "solução provisória" contra os mísseis de cruzeiro abaixo da velocidade do som, como o CJ-20, disparados de bombardeiros H-6K chineses.
"Se não pudermos defender Guam – a base aérea e outras estruturas lá – é muito difícil projetar poder para o Pacífico", disse Tom Karako, do think tank dos EUA, Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
Os Estados Unidos adquiriram de Israel dois sistemas Cúpula de Ferro por US$ 373 milhões (R$ 2 bilhões) em 2019 como solução temporária até que o Exército criasse seu próprio sistema para lidar com drones, foguetes e mísseis voando a alta velocidade. O Pentágono não pretende comprar mais sistemas israelenses.
Guam é a maior base militar dos EUA no Pacífico Ocidental. As instalações da base aérea da ilha hospedam bombardeiros B-2 e caças F-22 e F-35. Guam também tem o maior porto capaz de receber qualquer navio, inclusive submarinos e porta-aviões.