Um grupo de colaboradores da Agência Espacial Europeia desenvolveu o conceito de missão espacial destinada a explorar os lagos e rios de Titã, a maior Lua de Saturno, que, segundo os especialistas, poderia abrigar vida.
O módulo terrestre exploraria as zonas polares de Titã, onde estão concentrados lagos e mares existentes em sua superfície.
Titã é um dos lugares mais parecidos com a Terra de todo o Sistema Solar, embora suas temperaturas sejam muito mais frias e tenha uma composição química diferente.
Vista do lago de hidrocarbonatos Ligeia Mare na região polar de Titã
Titã está coberto de compostos orgânicos protegidos por uma atmosfera espessa de nitrogênio. Em sua superfície, há grandes mares de gás natural líquido, enquanto no subsolo há um mundo oceânico.
Além disso, tem um sistema meteorológico similar ao da Terra, embora chova metano ao invés de água.
Por estes motivos, os especialistas acreditam que o local seja um dos poucos do Sistema Solar com potencial para abrigar vida.
No entanto, a espessura de sua atmosfera a torna impenetrável para os telescópios terrestres e espaciais, deixando como única opção para sua exploração o envio de uma base orbital e de um rover terrestre.
O orbitador da missão Poseidon contaria com uma ampla gama de instrumentos para estudar a geologia e a atmosfera de Titã.
Os autores do conceito observam que a baixa gravidade da lua e a densidade de sua atmosfera a tornam um lugar ideal para operar drones.
Um drone anfíbio poderia se deslocar de um lago a outro ou pousar na costa, bem como servir de nave-mãe para uma flotilha de pequenos drones, convertendo-se em uma estação de recarga e de coleta de amostras.
O documento propõe que a missão Poseidon seja lançada antes de 2039 ou complete a missão Dragonfly da NASA, que chegaria à superfície de Titã até 2034 para estudar sua composição química.