Ciência e sociedade

Muçulmano do Líbano passa por judeu, casa-se nos EUA, e nega ter laços com grupos terroristas

Duas semanas após o seu casamento, uma mulher judia de Brooklyn, nos EUA, descobriu que seu marido não era de todo quem dizia e aparentava ser.
Sputnik
O noivo em causa, identificado como Eliyah Haliwa, teria passado anos aprendendo os costumes judeus em uma yeshiva - instituição educativa judaica que se concentra no estudo dos textos tradicionais - conseguindo fazer se passar por um homem judeu ultraortodoxo, sem revelar detalhes específicos de suas origens, conta o The Times of Israel.
Foram compartilhadas nas redes sociais fotos do homem sob investigação usando vestuário tradicional da comunidade judia ultraortodoxa residente no estado norte-americano de Nova York. Contudo, outras fotos mostravam a mesma pessoa com membros de sua família que não aparentava ser judia.
CHOCANTE: Mulher sefardita recém-casada em Brooklyn descobre que seu marido pode ser palestino.
De acordo com a mídia, apenas uma pessoa teria dúvidas sobre as origens do noivo antes do casamento - a esposa de um rabino da comunidade, que estava dando lições sobre as leis matrimoniais judaicas à noiva.
Ela teria tentado avisar os rabinos sobre a situação e que algo parecia não bater certo, mas suas preocupações não foram consideradas. Só após a cerimônia é que alguém teria avisado o pai da noiva que era necessário investigar seu genro.
Desse jeito, os irmãos da mulher recém-casada entraram na casa dos noivos e encontraram três passaportes com nomes diferentes, e todos eles com fotografias do noivo.
Conforme a informação prestada, é possível que o noivo seja muçulmano e residente em Beirute, capital do Líbano, e com origens palestinas.
O Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA está envolvido no assunto, bem como o Departamento de Segurança Nacional, e o Consulado Geral de Israel. De igual modo, as autoridades também estão investigando se Haliwa estaria residindo legalmente nos EUA.
Ao mesmo tempo, a comunidade judaica está trabalhando para determinar se o noivo problemático é filho de mãe judia, uma circunstância que, sob a lei judaica ortodoxa, ainda tornaria o casamento legítimo.
Por sua vez, Haliwa confirmou às autoridades que ele não é judeu de origem, mas queria se juntar à comunidade judaica, pelo que o casamento foi um passo nesse processo. Ele não se classifica antisemita e, até agora, nada indica que esteja afiliado a qualquer grupo terrorista, aponta o The Times of Israel.
De acordo com a informação revelada por várias fontes próximas do caso, Haliwa não é considerado pelas autoridades de Nova York uma ameaça à segurança da comunidade local, mas estão ponderando se o processam por crime de roubo de identidade.
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