Hoje (11), cerca de 400 membros do Comitê Central do Partido Comunista da China aprovaram uma resolução sobre "Feitos principais e experiência histórica da luta centenária do Partido", o terceiro documento desse tipo em 100 anos da história partidária.
As duas resoluções anteriores foram emitidas sob os antigos líderes chineses Mao Tsé-Tung, em 1945, e Deng Xiaoping, em 1981.
A resolução é destinada a defender "a visão correta da história do partido", conforme a agência estatal Xinhua, que acrescenta que o partido escreveu "o épico mais magnífico na história da nação chinesa em milhares de anos". O plenário da entidade, presidido por Xi Jinping, está decorrendo em Pequim desde esta segunda-feira (8).
O "pensamento" de Xi "é o epítome da cultura e da alma chinesa", diz o texto, enfatizando que sua presença no "coração" do partido é "de importância crucial [...] para promover o processo histórico da grande renovação da nação chinesa".
Conforme analistas, essa resolução vai ajudar Xi a reforçar seu controle do poder, tanto no partido como no país. Espera-se que no 20º Congresso do partido, programado para o ano que vem, a Xi seja atribuído o terceiro mandato.
Mao é mencionado sete vezes no documento, enquanto Deng apenas cinco vezes. Em comparação, o nome de Xi Jinping aparece 17 vezes. Na opinião do especialista da Universidade Batista de Hong Kong Jean-Pierre Cabestan, citado pela agência France Press, "o partido está reescrevendo seu passado para moldar o futuro em torno de Xi Jinping".