Panorama internacional

Dinamarca planeja vender caças F-16 usados, levantando preocupações que caiam 'nas mãos erradas'

No início do próximo ano, a Agência de Material e Aquisição (FMI, na sigla em dinamarquês) do Ministério da Defesa da Dinamarca começará a vender o estoque de caças F-16 do país.
Sputnik
As aeronaves, em uso desde 1980 e por isso já envelhecidas, têm sido colocadas de lado, uma vez que novos caças F-35 estão sendo fornecidos pelo fabricante de armas norte-americano Lockheed Martin, informou a Danish Radio.
"A partir do próximo ano, poderemos vender as primeiras oito aeronaves. Se tivermos sorte suficiente em encontrar um comprador que possa ser aprovado", comentou o tenente-coronel Casper Borge Nielsen, da Agência de Material da FMI, encarregado de tornar a transição dos F-16 para os F-35 tão suave quanto possível.
Nielsen sublinha que há um "crescente interesse" do exterior em adquirir os caças usados, mas ainda não foi assinado qualquer acordo de venda.
Atualmente, a Dinamarca tem 43 caças F-16 à sua disposição, mas apenas entre 16 e 24 aeronaves ainda têm uma vida útil suficiente para que outro proprietário ou nação faça uso delas. Dependendo do quão ativamente serão usadas, podem restar cerca de cinco a dez anos para os aparelhos serem usados, explica Nielsen.
Junto com as aeronaves em causa, grandes quantidades de equipamentos, ferramentas e peças de reposição também serão colocados à venda.
Segundo a FMI, o plano principal é vender as aeronaves desatualizadas continuamente até 2025. Até lá, se tudo correr bem, os novos F-35 terão substituído totalmente os aviões de guerra antigos.
Contudo, organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Oxfam Ibis, manifestaram preocupação e instaram a Dinamarca a garantir que os caças a serem comercializados não acabem nas mãos erradas, de modo a evitar crimes de guerra e violações dos direitos humanos.
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