O portal The Drive recorda que, durante a Guerra Fria, o referido comando era responsável pelos mísseis nucleares MGM-31C Pershing II, que foram retirados de serviço após a assinatura do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (Tratado INF), ratificado pela URSS e EUA em 1988.
No entanto, a edição escreve que os novos armamentos avançados que os EUA planejam instalar na Europa vão executar aproximadamente o mesmo tipo de tarefas que os mísseis desativados dos tempos da Guerra Fria.
O comando reativado incluirá destacamentos de novas armas hipersónicas terrestres e outros mísseis de longo alcance.
A publicação menciona em particular o míssil hipersônico de longo alcance Dark Eagle, o sistema multifuncional Typhon que, a partir de uma única instalação, permite realizar lançamentos de uma variedade de mísseis, incluindo o RIM-174 (míssil padrão de alcance estendido ativo, ERAM, na sigla em inglês), também conhecido como SM-6, e o míssil de cruzeiro Tomahawk de ataque terrestre (TLAM na sigla em inglês).
Embora os EUA e a Rússia continuem discutindo as possíveis medidas de prosseguimento do Tratado INF, bem como outros futuros acordos de controle de armas, o retorno do 56º Comando deixa claro que o Exército dos EUA está se preparando para implantar em algum momento nos próximos anos unidades armadas com os sistemas Dark Eagle e Typhon na Europa, avança o portal.
"Essas unidades podem, no final das contas, ser rotativas ou não permanentes devido à vontade, ou falta dela, dos aliados dos EUA na OTAN para implantar essas armas", escreve o The Drive.
Comandantes do Exército dos EUA têm alertado há vários anos que a Rússia possui vantagens evidentes nas capacidades de artilharia, bem como em número aproximado de obuses autopropulsados e lançadores de foguetes, conclui o portal.
No início de 2019, Washington anunciou a saída unilateral dos EUA do Tratado INF, acusando a Rússia de o ter violado antes, algo que Moscou desmentiu. Em 2 de agosto do mesmo ano, o tratado deixou de existir.