Neste sábado (13), um grande acordo foi fechado entre 197 nações com o objetivo de intensificar os esforços para combater as mudanças climáticas.
O pacto pede eliminação acelerada da energia a carvão e dos subsídios aos combustíveis fósseis. O documento também reafirmou a meta global de longo prazo de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2º C e continuar os esforços para limitar a elevação da temperatura a 1,5º C, segundo a agência Reuters.
Tal medida seria a única que realmente salvaria o planeta, uma vez que ultrapassado o 1,5º C se desencadearia um extremo aumento do nível do mar, secas devastadoras, tempestades monstruosas e incêndios florestais muito piores do que aqueles que o mundo já vem sofrendo, de acordo com cientistas.
O texto também pediu esforços para reduzir o uso de carvão assim como a interrupção dos enormes subsídios que governos ao redor do mundo dão ao petróleo, carvão e gás que abastecem fábricas e aquecem casas, algo que nenhuma conferência climática anterior tinha conseguido concordar, relatou a mídia.
No entanto, China e Índia se uniram em defesa da continuidade do consumo de carvão. Os dois dependem majoritariamente de seu uso e defendem que os países em desenvolvimento não estão prontos para eliminar essa fonte de energia, de acordo com a Folha de São Paulo.
Nova Deli pediu para que trocasse a palavra "eliminação" por "redução" gradual das emissões de carbono, o que deixou diversos representantes desapontados e levou o presidente da conferência, Alok Sharma, a pedir desculpas.
"Peço desculpas pela maneira como esse processo se desenrolou. Lamento profundamente", disse Sharma.
Ainda segundo o pacto, países desenvolvidos se comprometeram a financiar U$S 100 bilhões (R$ 545 bilhões) por ano até 2025 para ajudar países mais pobres no combate ao aquecimento. Entretanto, de acordo com ativistas, o martelo sobre o valor de fato ainda não foi batido.
Além disso, a quantia estaria muito aquém das necessidades reais das nações mais desfavorecidas, que podem chegar a US$ 300 bilhões (R$ 1,6 trilhões) até 2030, de acordo com a Reuters.
Durante a conferência, nações em desenvolvimento argumentaram que os países ricos, cujas emissões históricas são, em grande parte, responsáveis pelo aquecimento do planeta, devem pagar mais para ajudá-las a se adaptar às consequências, bem como reduzir suas emissões de carbono.