Operando a partir da Base Aérea de Akrotiri, no Chipre, um avião espião modelo Lockheed U-2S Dragon Lady da Força Aérea dos EUA passou cerca de cinco horas no espaço aéreo ucraniano no mar Negro tentando monitorar as atividades militares russas, de acordo com Military Observer, um canal do Telegram que rastreia operações militares globais e conflitos.
O Ministério da Defesa russo já havia indicado anteriormente que, através de rastreamento dos sistemas de radar, foi identificado que um total de seis aeronaves de reconhecimento da OTAN foram localizadas operando na região ao longo de 24 horas. Entretanto, os militares russos não comentaram a informação.
No sábado (13), o presidente, Vladimir Putin, sinalizou que os EUA e seus aliados da Aliança Atlântica estavam realizando exercícios não programados nas águas do mar Negro, concentrando "não apenas um poderoso grupo de navios [...], mas também aviação e aviação estratégica".
"Devo dizer que nosso Ministério da Defesa também se propôs a realizar seus próprios exercícios não planejados na mesma área. Mas acredito que isso não é apropriado e não há necessidade de agravar ainda mais a situação", declarou Putin.
Na quinta-feira (11), o Kremlin caracterizou as atividades da OTAN na região como "desestabilizadoras", "perigosas" e "provocativas", e informou que o presidente russo comunicou suas preocupações sobre o assunto à chanceler alemã, Angela Merkel.
Os EUA, Romênia, Turquia e Ucrânia começaram exercícios no mar Negro esta semana após o navio de comando anfíbio USS Mount Whitney, navio almirante da Sexta Frota dos EUA, e o USS Porter, um destróier de mísseis guiados da classe Arleigh Burke, entrarem nesse mar na semana passada.