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Bolsonaro pretende aumentar salário de todos servidores federais se PEC dos Precatórios for aprovada

Devido à alta da inflação e efeitos da pandemia, o presidente afirma que nova proposta de R$ 90 bilhões oferecerá alívio na remuneração aos funcionários públicos.
Sputnik
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil (sem partido), disse na terça-feira (16) que aumentará salário a servidores federais usando dinheiro da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios.

"A inflação chegou a dois dígitos. Conversei com o [ministro da Economia] Paulo Guedes, e em passando a PEC dos Precatórios, tem que ter um pequeno espaço para dar algum reajuste. Não é o que eles [servidores] merecem, mas é o que nós podemos dar", afirmou em evento empresarial realizado em Manama, Bahrein, citado pela Folha de São Paulo em relação a dívidas decorrentes de sentenças judiciais.

"Por causa da inflação, os servidores estão há dois anos sem reajuste. Com a questão da pandemia, isso [aumento] até se justifica, porque muita gente perdeu o emprego ou teve até seu salário reduzido", acrescentou, sem, no entanto, referir o valor individual da alta da remuneração, que é quantificada em um total de R$ 90 bilhões do orçamento.
Segundo ele, o reajuste é para "todos os servidores federais, sem exceção", apesar de apontar que a liberação de novos concursos públicos para servidores seguirá bastante restritiva. O presidente também defendeu que assim haverá compromisso e "responsabilidade" com o equilíbrio fiscal do governo, apesar da opinião contrária de muitos economistas e analistas, que creem que tal medida gerará instabilidade, aumentará a inflação e afugentará investidores.
Panorama da Câmara dos Deputados durante sessão em Brasília, Brasil, 9 de novembro de 2021
A PEC, já aprovada pela Câmara, planeja aumentar o teto de gastos e parcelar o pagamento de precatórios aos funcionários. No entanto, ela enfrenta um difícil obstáculo no Senado, precisando ser aprovada em dois turnos com quórum qualificado.
Bolsonaro participa de turnê no Oriente Médio, que deverá terminar na quarta-feira (17) com visita ao Catar.
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