A Assembleia Nacional, ou parlamento da Nicarágua, aprovou na terça-feira (16) com 83 votos a favor e três abstenções uma declaração contra a ingerência pela Organização de Estados Americanos (OEA), que rejeitou os resultados das recentes eleições presidências e legislativos no país.
O Parlamento nicaraguense aprovou hoje [16] a Declaração da Assembleia Nacional ante as reiteradas ações da Organização de Estados Americanos, OEA, nos assuntos internos do Estado de Nicarágua.
A votação ocorreu durante uma sessão plenária convocada na segunda-feira (15), e transmitida pelo canal oficial da Assembleia Nacional, durante a qual o deputado Carlos Emilio López propôs que Daniel Ortega, presidente da República, inicie o processo de abandono da OEA.
Na sexta-feira (12) a organização condenou as eleições realizadas na Nicarágua, dizendo que elas "não foram livres, nem justas, nem transparentes", e frisou que as mesmas carecem de legitimidade democrática.
Além da OEA, os EUA têm rejeitado o resultado das eleições no país centro-americano, incluindo antes de sua realização. Na segunda-feira (15) Washington sancionou nove indivíduos e um órgão da Nicarágua por supostas violações dos direitos civis dos habitantes do país. A União Europeia também afirmou que o processo "careceu de legitimidade".
Daniel Ortega, no poder desde 2006, foi reeleito presidente da Nicarágua nas eleições de 8 de novembro no país, ganhando 75,87% dos votos.