Após ser denunciado um suposto esquema de rachadinha no gabinete do senador, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no final de outubro, a Polícia do Senado começou uma investigação e enviou as informações colhidas durante apuração preliminar à Procuradoria-Geral da República (PGR), de acordo com o UOL.
Segundo a mídia, em nota enviada ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), a Advocacia do Senado Federal diz que a Polícia Legislativa "intimou tanto as ex-servidoras entrevistadas pela reportagem quanto o servidor mencionado" e repassou o caso para a PGR quando surgiram informações que mencionavam "acusações contra autoridade com foro por prerrogativa de função".
Por conta das acusações, "a apuração preliminar foi imediatamente interrompida, canceladas todas as diligências e oitivas dos servidores e ex-servidores mencionados na reportagem [nenhuma testemunha foi ouvida], e o procedimento foi integralmente encaminhado à Procuradoria-Geral da República", diz o ofício.
Agora, a Polícia do Senado aguarda o retorno da PGR.
Entenda o caso
No fim de outubro, seis mulheres denunciaram o gabinete do senador de ter recebido R$ 2 milhões em um esquema de rachadinha, conforme noticiado.
A denúncia, feita pela revista Veja, relata que pessoas de confiança do parlamentar recolhiam parte do salário das seis assessoras, que ganhavam na época entre R$ 4 mil e R$ 14 mil reais. O esquema teria funcionado entre janeiro de 2016 e março deste ano.
Moradoras de regiões periféricas do Distrito Federal, as seis mulheres não tinham ensino superior completo nem experiência para trabalhar no Legislativo.
O senador negou as acusações e afirmou que "tomaria as providências necessárias para que as autoridades competentes investiguem os fatos".
Alcolumbre foi presidente do Senado de fevereiro de 2019 a dezembro do ano passado. Atualmente, ele está à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Casa.