Brasil supera EUA na taxa de pessoas completamente vacinadas contra COVID-19
Segundo os dados do portal Our World in Data da Universidade de Oxford, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos em taxa de vacinação completa contra a COVID-19. Os EUA estavam entre os três países com maior cobertura de vacinas até o final de junho. Porém, agora já são 55 os países, incluindo o Brasil, que superam os índices dos Estados Unidos. No dia 14 de novembro, 57,6% dos americanos tinham o esquema vacinal completo, enquanto, de acordo com os dados do consórcio de veículos de imprensa, na mesma data o Brasil tinha 58,8% da população completamente imunizada. As informações do ranking apontam também para uma disparidade na vacinação no mundo: enquanto países como Portugal e Chile atingiram mais de 80% da população vacinada, há países com indicadores abaixo de 2%, como a Nigéria e a Etiópia, por exemplo. Entretanto, o Brasil confirmou mais 140 mortes e 5.986 casos de COVID-19, totalizando 6611.524 óbitos e 21.964.292 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Pessoa perto de memorial em homenagem das vítimas da COVID-19, Rio de Janeiro, 15 de novembro de 2021
© AP Photo / Bruna Prado
Pedido de extradição de Allan dos Santos chega ao governo americano
O pedido de extradição de Allan dos Santos, um dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro e dono do canal Terça Livre, chegou ao governo dos EUA e já aguarda sua resolução, informou na noite desta quarta-feira (17) o jornal Folha de São Paulo. O processo saiu de um departamento do Ministério da Justiça do Brasil para os Estados Unidos em outubro, após a divulgação da decisão do ministro Alexandre de Moraes. A cúpula da pasta e o Palácio do Planalto só souberam do envio dos documentos em novembro, na semana passada. A chefe do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, que encaminhou a documentação, a delegada Silvia Amélia, foi exonerada. A prisão de Allan dos Santos foi decretada na investigação que apura a existência de uma milícia digital que alegadamente desacredita instituições democráticas. O influenciador mora agora nos Estados Unidos desde que virou alvo de inquéritos no STF.
Jornalista Allan dos Santos, do site Terça Livre, presta depoimento à CPMI das Fake News, no Senado Federal, 2019
Câmara aprova texto-base que restabelece Ministério do Trabalho
Nesta terça-feira (16), os deputados da Câmara aprovaram a medida provisória que restabelece o Ministério do Trabalho e Previdência e enviaram o texto para o Senado. As regras previstas no texto começaram a valer a partir de julho, após a publicação da medida provisória no Diário Oficial da União, mas, para virar lei em definitivo, a medida deve ser aprovada pelo Congresso. Criada em 1930, a pasta foi incorporada ao Ministério da Economia pelo presidente Jair Bolsonaro em 2018. Porém, em 2021, o presidente decidiu recriar a estrutura do ministério, nomeando Onyx Lorenzoni para sua chefia. O texto aprovado também transfere secretarias do Ministério da Economia para a nova pasta, entre elas, as do Trabalho e da Previdência e a Subsecretaria de Assuntos Corporativos. Além disso, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador e o Conselho de Recursos da Previdência Social também foram deslocados para o Ministério do Trabalho e Previdência.
Fachada do Ministério da Economia, em Brasília, suja de tinta após um protesto do MST, 22 de outubro de 2021
© Folhapress / Pedro Ladeira
Senado do Chile recusa destituir presidente Piñera
O Senado chileno se manifestou contra o impeachment do presidente Sebastián Piñera, alguns dias antes da eleição presidencial, prevista para o dia 21 de novembro, informou na noite desta quarta-feira (17) o canal de televisão 24Horas TV. A votação ainda está em andamento, mas 15 senadores já votaram contra o impeachment. Para a renúncia do presidente chileno, são necessários dois terços de votos favoráveis no Senado, ou seja, 29 dos 43 parlamentares. Assim, a iniciativa da oposição para destituir o chefe de Estado não ganhou o número de votos suficientes e Piñera permanece no cargo. Em meados de outubro, os partidos de oposição iniciaram o processo de impeachment constitucional de Piñera após a publicação dos documentos Pandora Papers. A investigação sobre paraísos fiscais, promovida pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, acusou vários líderes mundiais de esconderem suas fortunas nos paraísos fiscais para não pagarem impostos. O Ministério Público do Chile abriu uma investigação contra o presidente por suspeita de suborno e crimes fiscais.
Senadores chilenos reunidos para votar o impeachment do presidente Sebastián Piñera, Valparaiso, Chile, 16 de novembro de 2021
© REUTERS / RODRIGO GARRIDO
Atentados suicidas em Uganda afetam mais de 30 pessoas
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente os atentados suicidas em Kampala, capital de Uganda, que deixaram pelo menos três mortos e 33 feridos, informou o porta-voz das Nações Unidas Stéphane Dujarric. Na terça-feira (16), três homens-bomba detonaram explosivos perto da esquadra policial central e junto ao edifício do parlamento em Kampala, com poucos minutos de intervalo, atingindo dezenas de pessoas. "O secretário-geral condena veementemente os ataques terroristas em Uganda em 16 de novembro. O secretário-geral expressa suas condolências mais profundas às famílias das vítimas destes atos desprezíveis de violência e deseja uma recuperação completa aos feridos", disse. Ele também declarou que as Nações Unidas esperam que todos os envolvidos na preparação e execução dos ataques sejam rapidamente levados à Justiça. A polícia do país disse suspeitar que as Forças Democráticas Aliadas, afiliadas ao Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) tenham estado por trás dos ataques. Logo depois, o Daesh assumiu a responsabilidade pelos atentados em Kampala, segundo veículo de imprensa, ligado à organização.
Pessoas apagam chamas após explosão perto do parlamento em Kampala, Uganda, 16 de novembro de 2021
© AFP 2023 / IVAN KABUYE
Conflito na fronteira Armênia-Azerbaijão se reacende
A Armênia e o Azerbaijão relataram confrontos militares na sua fronteira comum nesta terça-feira (16) e se acusaram mutuamente de iniciarem hostilidades, após uma guerra de seis semanas no ano passado pela região disputada de Nagorno-Karabakh. O Ministério da Defesa armênio acusou os militares azerbaijanos de abrirem fogo contra posições da Armênia, matando um soldado e capturando 12. O governo do Azerbaijão, por sua parte, acusou a Armênia de "provocação de larga escala" na fronteira. O legislador armênio Eduard Aghajanyan contou aos jornalistas que 15 soldados do Azerbaijão foram mortos na sequência dos confrontos, mas até agora não houve confirmação oficial. Na noite da terça-feira (16), o Ministério da Defesa da Rússia informou que os confrontos na fronteira cessaram após negociações com Moscou. A Armênia e a Azerbaijão disputam há décadas a região de Nagorno-Karabakh, um enclave dentro do Azerbaijão que tem estado sob o controle de forças étnicas armênias apoiadas pela Armênia desde a guerra terminada em 1994.